“Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”. A vida de um coroinha que achava que não tinha capacidade de ser sacerdote.

“Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé” (2Tm 4,7). Assim, hoje, o dia nos amanheceu triste com o falecimento do Cônego Mauricio Pilon.

Triste porém na certeza de que ganhamos mais um intercessor que estará ao lado de Monsenhor Santamaria. Hoje possivelmente a recepção de Deus será com apenas uma frase que resplandece e traduz a vida do sacerdote: “Servo bom e fiel”. Assim Deus presenteou Vera Cruz com um homem Santo, cujo ardor missionário fez render frutos a Igreja de Cristo e que hoje, nos abandona para contemplar Deus face a face. Também agora o Cônego pode contemplar face a face Àquela de quem era devoto: Nossa Senhora.

Desde criança, como coroinha, sentia forte vocação ao sacerdócio. Muito humilde, indagava consigo mesmo: “Será que conseguirei ser um bom Padre? É uma responsabilidade muito grande…”. Os anos se passaram e o tempo deu a ele a resposta com um brilhantismo inigualável: com 65 anos de sacerdócio terminou a vida do missionário canadense que ajudou Dom Hugo Bressane de Araújo na construção física e espiritual da Diocese de Marília. Recebeu deste bispo o título de Cônego pelo brilhantismo de seus trabalhos na diocese e também por seu exemplo de vida e de presbiterato. Tudo aquilo que em sua vida, por palavras e atitudes, pregou e testemunhou, agora nos céus é recompensado pelo encontro com o Amor divino!

Em sua infância, foi esportista e era goleiro de Hóquei. Ajudava o Padre na pequena cidade de São Pedro, próximo a Montreal, Canadá e sentia forte apelo sacerdotal. “Um dia fui orar no sacrário pois estava em dúvidas se me tornaria sacerdote e se iria para o seminário. Orando, naquele momento senti uma forte mensagem que dizia: “Antes de saíres do teu ventre, eu te conhecia, eu te consagrei”. Sou feliz por ser um servo de Cristo.” dizia Padre Maurício, apelidado carinhosamente por algumas pessoas como “Menino Jesus”, devido ao aspecto de seu cabelo.

Sempre se esforçou, até seus últimos dias, apensar das limitações da idade, pela evangelização, atendendo confissões, participando e celebrando Missas e sendo diretor espiritual da Legião de Maria. Possuía homilia centrada em reflexões, sempre transfigurando a maternidade da Virgem Maria, nossa Mãe que está conosco para nos guiar e orientar nas dificuldades da vida. Cravou em toda diocese de Marília o grande amor a Cristo Eucarístico e a Nossa Senhora. Chegou em Vera Cruz em 1998 e se tornou o sacerdote, depois de Monsenhor Florentino Santamaria, que mais permaneceu em nossa comunidade: 20 anos. Assim cumpriu-se o que sempre fazia questão de nos lembrar: “continuarei aqui em Vera Cruz, trabalhando e celebrando até o último suspiro de minha vida!”.

Descanse em paz bom pastor. Descanse em paz servo bom e fiel.


Pastoral da Comunicação – Santuário Sagrado Coração de Jesus

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